“Fazei o que Ele vos disser” foi o tema da XX Jornada da Juventude Saviniana, realizada entre os dias 17 e 19 de novembro e promovida pelo EMAÚS - Centro da Juventude. A edição que celebrou 2 décadas de JJS trouxe como personagem central a Virgem Maria, Mãe do Salvador, apresentada aos jovens como Mãe Amorosa de cada um. Assim, Maria é aquela que conduz a Jesus e pede continuamente para que seus filhos na terra façam sempre a Vontade de Seu Filho Celeste.
Nesse contexto, estiveram reunidos no Memorare, terra de Nossa Senhora, 400 pessoas, entre jovens e equipe de trabalho, vindas do Pará, da Paraíba, do Ceará, de Brasília, do Piauí, de Pernambuco e do Equador que juntas iniciaram a Jornada da Juventude na sexta, 17, com uma calorosa acolhida e animação. Para fazer memória aos 20 anos de história, os jovens do 9° ano da Escola Irmã Maria Catarina Levrini apresentaram os temas de todas as Jornadas precedentes e encenaram de forma criativa as Bodas de Caná, em que Maria contribuiu com seu olhar atento para o primeiro milagre de Jesus. Em seguida, Irmã Amparo Machado declarou oficialmente aberta a XX edição da JJS.
Logo depois, os jovens foram conduzidos para as oficinas de aprofundamento do tema, que este ano foram divididas de acordo com o símbolo existente nas pulseiras entregues no credenciamento. Dessa forma, as onze oficinas compunham juntas as virtudes de Maria que são cantadas na oração da Salve Rainha: Salve Rainha, Mãe de Misericórdia, Doçura Nossa, Esperança Nossa, Filhos de Eva, Advogada Nossa, Mostrai-nos Jesus, Ó Piedosa, Sempre Virgem Maria, Rogai por nós e Santa Mãe de Deus. Nelas, aprenderam a origem da oração e participaram de uma dinâmica a fim de repetir o milagre de Caná: apresentaram as dificuldades e problemas confrontados pela juventude atual e deram também as soluções para aquelas situações, transformando a água da tristeza no vinho da alegria.
Ainda na sexta-feira, vivenciaram uma profunda experiência de Deus por meio do contato com Maria na Vigília e Adoração. A Vigília, que iniciou na gruta aos pés de Nossa Senhora, propôs a oração do terço que meditou em cada mistério as dores dilacerantes enfrentadas pela juventude. A primeira parada deu-se com a cena do drama de uma jovem abandonada grávida, que no auge do desespero pratica o aborto. A segunda parada meditou a vida, em louvor ao Senhor por aquelas mulheres que optaram por ela apesar do sofrimento. Depois, contemplaram a triste realidade da automutilação, de jovens que descarregam toda a dor interior no maltrato do próprio corpo. Por fim, viram o drama de uma mãe que trazia sobre os braços o filho morto, vítima de acidente de trânsito, motivo da morte de grande parte dos jovens no Brasil. Em cada uma das paradas, defrontaram-se com a própria realidade e rezaram por todos que passam pelo mesmo.
Dentro do clima de oração e meditação da própria vida, a juventude foi conduzida para a Adoração, onde experienciaram um contato íntimo com Jesus Eucarístico, que lhes foi apresentado por meio de Maria que repete incessantemente: “Fazei o que Ele vos disser”.
O sábado iniciou com a oração da manhã, que centralizou o papel materno de Nossa Senhora, ela, que foi dada por Jesus Crucificado como Mãe da Humanidade, apresentou-se nessa manhã como Mãe Amorosa, sempre atenta e que cuida de seus filhos. Assim, viveram um momento de oração a Maria ‘debaixo’ de seu Manto, sinal de sua proteção e benção. Assistiram ainda a conferência realizada pelo Padre Antônio Cruz, com o mesmo tema da Jornada. Nela, os jovens além de escutarem que têm uma Mãe Celeste, foram convidados a refletirem a sua atitude com suas mães terrenas: o amor dado a elas e muitas vezes a desvalorização impensada por parte deles. Voluntariamente, algumas jovens deram o testemunho de dor por já terem suas mães na eternidade e o consolo de saberem da existência de Maria, que as acompanha singela e diariamente.
Durante a tarde, dividiram-se novamente em suas respectivas oficinas para assistirem o filme “Terra de Maria”, a obra reúne depoimentos de pessoas de várias nacionalidades, cuja conversão aconteceu graças à intercessão de Maria, e tem como objetivo principal apresentá-la para quem não a conhece, baseado nos relatos de pessoas que também não a conheciam. Dessa maneira, concluído o filme, os grupos fizeram o cine-fórum para destacar a mensagem central da obra e aquilo que mais lhes chamou atenção.
Após o jantar, o grande grupo em união com as irmãs presentes na Casa, reuniram-se para contemplar o show de beleza que proporciona o Festival da Juventude, esse ano de forma mais especial com o tema “O jovem e Maria”, em que cada delegação apresentou um título de devoção Mariana. Assim, os grupos construíram juntos um espetáculo vivo, alegre e orante em honra a Nossa Senhora.
Para concluir, a manhã do domingo iniciou com a oração guiada por Irmã Amparo Machado, que objetivou a libertação das dores ocorridas ao longo da vida. Para tanto, os jovens receberam uma fita delicada que simbolizou as suas próprias vidas, e fazendo memória de cada ano delas, foram chamados a dar um nó cada vez que se recordassem de uma dor, perda, frustração, trauma ou sofrimento intenso. Foram convidados a por um momento pararem e sentirem a dor que lhes angustiava, ao invés de simplesmente ignorá-las. A surpresa veio depois, quando onze Irmãs dos Pobres, reflexos vivos de Maria na terra, apareceram vestidas com títulos marianos e abraçaram os jovens, representando naquele momento Maria que os acolhia com ternura materna em suas dores. Cada uma delas depois, os conduziu para depositarem as fitas de suas vidas aos pés da imagem de Nossa Senhora e sentirem o amor que ela jamais os negará.
Nesse clima de reconciliação consigo mesmo, a Juventude Saviniana foi conduzida novamente para as oficinas onde aprofundaram a espiritualidade mariana. Ali cantaram o Magnificat de Maria e, lembrando-se de sua vida e das graças que Deus as cumulou, construíram também o próprio canto de louvor e agradecimento a Ele.
A conclusão da Jornada da Juventude Saviniana se deu com a Santa Missa presidida por Padre Antônio Cruz, nela estiveram presentes Madre Franco, Madre Fortes e toda equipe de trabalho da JJS. A Celebração da Eucaristia surpreendeu pela quantidade de Jovens que sentiram o apelo do Senhor em seus corações para uma vida de maior intimidade com Ele e total entrega a Sua Vontade. Ao fim, no momento de Ação de Graças, além de agradecerem a todos os representantes envolvidos na construção da Jornada, houve também o Obrigado especial àquelas que idealizaram e estiveram presentes nas primeiras jornadas: Madre Fortes, Madre Franco e Irmã Amparo Machado.
“A XX JJS foi para mim mais que um final de semana fora de casa, mais que um momento para rever as pessoas de quem estava com saudades, foi verdadeiramente um momento de experiência e vivência mais profunda com Cristo, foram momentos de alegrias e confirmação de que podemos sim, viver fazendo como Maria disse: ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’. Minha gratidão a XX JJS por esses dias. ” Janaína Queiroz – Itabaiana-PB
1º Dia