Rede Saviniana promove dois dias de aperfeiçoamento
O trabalho desenvolvido na Casa Savina Petrilli, mantida pela Rede Saviniana de Educação e Assistência Social junto às crianças e aos adolescentes que viveram em situação de violação de seus direitos e por isso precisaram deixar o convívio familiar, tem inúmeros desafios, enfrentados diariamente pela técnica equipe da instituição.
É um trabalho exigente e cheio de imprevistos devido o comprometimento social das meninas atendidas. Por isso, a Rede Saviniana promoveu nos dias 12 e 13 de fevereiro o Enesav- um encontro dos educadores da Casa Savina Petrilli com o objetivo de alinhar o trabalho, e também para que os educadores tenham a dimensão ética, social e técnica de seus trabalhos, construídos cada dia a partir das histórias e peculiaridades de cada menina atendida.
No primeiro dia de Enesav, a diretora-presidente da Associação Norte Brasileira de Educação e Assistência Social, Irmã Amparo Machado, falou do papel do Educador Saviniano. A palavras tocantes fizeram todos refletirem e sentirem-se mais estimulados. Anteriormente, a Irmã Irani fez um momento de reflexão e espiritualidade.
O encontro da Casa Savina contou com a palestra da Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade Estadual do Piauí, Rafaela Coelho, que reforçou a necessidade de olhar para cada criança e adolescente com escuta. Ela convidou cada educador a pensar sobre suas adolescências, lembrando que cada menina tem uma singularidade. Segundo ela, a maior carência das menores é de amor. "Não é um trabalho fácil. Vocês, Irmãs e educadores, são responsáveis por meninas que estão em um contexto muito denso. O dia a dia é difícil, mas eu, que acompanho de perto a realidade aqui, digo que vocês estão no caminho certo.", disse Rafaela.
Educar é uma empreitada que pode ter muitas estratégias e por isso é necessário nortear. A diretora da Casa, Irmã Raimunda Luz, relembrou que a educação deve ser com amor, afeto e reforço espiritual. "Nós temos o exemplo de nossa fundadora, Madre Savina, e por isso não devemos esquecer os vínculos de unidade, amor e transformação".
O término do encontro foi marcado por um emocionante depoimento da aspirante Tamires Muniz, que foi interna da Casa Savina e agora também é educadora. "Esta é a minha casa. O lugar onde cresci e desenvolvi. Não foi fácil ao chegar aqui. Mas recebi educação, afeto e oportunidades que nunca esquecerei. Eu não gostava de estudar e assim que cheguei a tia Francisca Amélia me colocou para ler um texto. Foi muito ruim. Mas hoje vejo o quanto foi importante. Hoje eu trabalho, tenho uma profissão e sou muito grata a tudo que recebi aqui", concluiu Tamires.