Durante os dias 16 a 22 de dezembro, foi realizado no Centro de Formação Memorare, o XXXV Encontrão da Esperança, oportunidade em que as 28 jovens vindas dos estados do Pará, Ceará, Paraíba e das cidades de Teresina, Parnaíba, Valença e Nazária, do Piauí, tiveram de perscrutar sobre as bases que utilizam como sustentáculo para sua vivência, como a Palavra pode ser inserida nessa construção e como Deus as convida mais particularmente para a participação de seu projeto, por meio do discernimento da própria vocação. O grupo contou com a condução e acompanhamento de 6 Irmãs – Ir. Amparo, Ir. Denise, Ir. Ana Paula, Ir. Silvaneide, Ir. Marilene e Ir. Karla -, com o apoio das formandas.
As apresentações realizadas pelas formandas com a recepção das Irmãs das Comunidades Betânia, Noviciado e Emaús marcaram o início do encontro, que foram seguidas com um jantar fraterno entre as participantes e uma dinâmica de entrosamento, já introduzindo as abordagens da semana.
Nos dias subsequentes, contou-se com a participação nas Celebrações Eucarísticas, precedidas da oração das laudes junto às comunidades; por meio de dinâmicas e palestras, foram aprofundados diversos temas: o “conhecer-se a si mesmo”, o qual ressaltou como o exercício do autoconhecimento é primordial para o alcance da maturidade, da liberdade e do equilíbrio; a Igreja como casa dos cristãos e a Eucaristia na vida da Igreja, nas quais foram elucidadas a forma como nós constituímos os membros deste corpo que é a Igreja, bem como a importância da Eucaristia como alimento de fé e, consequentemente, pilar fundamental para a vivência plena da vocação cristã; a devoção mariana, caracterizante desta Congregação, também foi abordada, por meio da qual viu-se em Maria grande exemplo de fé e de disposição à realização da vontade do Pai, bem como o seu imenso amor materno, intercessor e santificador; foi refletido também sobre o seguimento a Jesus Cristo, que é peregrinação, e não acomodação, um convite ao amor a Deus e ao próximo, que é feito a todos para ser seguido na santidade e na vocação.
Durante o encontro, foram experienciados diversos momentos de reflexão e oração pessoal, por meio das quais manteu-se contínuo contato com a Palavra de Deus; a recitação do terço e as orações noturnas foram também meios condicionantes de constância na união com Jesus e com Maria. Foram vividos momentos intensos, mas também lúdicos, haja vista a participação de atividades recreativas entre as jovens e as formandas realizadas ao longo da semana, cultivando, não só o exercício espiritual, mas também o físico, além de promover uma forma de extensão das atividades em grupo.
A adoração ao Santíssimo Sacramento na noite da segunda-feira foi um momento marcante e assertivamente planejado pelas Irmãs para dar início à vigília de oração, que continuou na terça com a experiência do Deserto: o silenciar interior (e exterior!) para escutar ao que Deus clama; durante a manhã e parte da tarde, as jovens puseram-se em atitude de “saída”, com intuito de empreender um itinerário de descoberta do que Ele tem como projeto para cada uma individualmente, afinal, como bem profere o Papa Francisco, “Vale a pena dizer ‘sim’ a Deus. Nele está a alegria!”. Após o Deserto, foram reunidas as tendas para que pudesse ser partilhada a experiência que cada uma teve durante o dia, seguida da participação da Santa Missa, celebrada pelo Padre Valdeci. Posteriormente à missa, depois do jantar, as Irmãs e as jovens realizaram, em clima familiar, um passeio no Parque da Cidadania e pelas ruas da cidade, finalizando, assim, o penúltimo dia de encontro.
O XXXV Encontrão da Esperança findou-se jubilosamente com a apresentação das novas ingressantes à primeira etapa formativa das Irmãs dos Pobres, o Aspirantado, por meio do “Sim” oferecido por elas Àquele que gentil e carinhosamente as convida para segui-Lo mais de perto. Ao final, as jovens saíram mais conscientes de suas condições de filhas amadas de Deus, de colaboradoras do Seu projeto e mais seguras de fazer escolhas obedientes, mesmo que audazes, à vontade Dele, afinal Deus não as chama à mediocridade, e sim, à grandeza, ao ar sadio das alturas.